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 | 07/03/2004 19h54min

Tumulto deixa oito feridos após Marcílio x Figueira

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital durante quebra-quebra ocorrido na Avenida Marcos Konder, em Itajaí, de acordo com informações da Polícia Militar (PM). Seis pessoas foram presas. 

A confusão começou após o jogo Marcílio Dias 0 x 5 Figueirense, pelo Campeonato Catarinense, e envolveu policiais e torcedores dos dois times.

Entre os feridos, quatro deles foram atingidos por pedras e quatro por balas de borracha disparadas pelos policiais. Também foram quebrados vidros de lojas e carros situados na avenida.

Para fazer a segurança no Estádio Hercílo Luz, local da partida, a Secretaria de Segurança Pública destacou cerca de 90 policiais. Mas o contingente não foi suficiente para conter o ânimo das torcidas rivais.

Os principais alvos da PM foram os integrantes da torcida do Figueirense. Na Avenida Marcos Konder, muitos mostravam hematomas causados pelas balas de borracha. Defensor do time da Capital, Roberto da Silva estava revoltado. Quando saiu do estádio, ele foi atingido por uma bala de borracha.

– Eu não sabia o que estava acontecendo. Acho que os policiais são totalmente despreparados. No intuito de conter uma briga, atiraram para todos os lados. Ninguém foi poupado. Para quem eu devo reclamar agora? – disse.

Torcedor do Figueira, Clóvis Francisco Farias, de 30 anos, foi atingido no rosto por uma bala de borracha. Depois de cair no chão envolto em sangue, ele recebeu atendimento dos bombeiros. Segundo Farias, a PM atirou em pessoas que não ofereciam ameaça alguma.

– Quando levei o tiro, estava atravessando a rua para chegar ao meu carro. Isso é um absurdo. Vim para me divertir e acabei numa ambulância – afirmou.

O conflito, que começou na Avenida Marcos Konder, espalhou-se pelas principais vias do Centro da cidade. Na Avenida Nereu Ramos, por exemplo, muitos carros foram depredados. Nas calçadas, havia sangue por todos os lados. Sinais que lembravam uma guerrilha urbana.

Até quem não era torcedor sentiu os impactos da onda de violência. Na Avenida Marcos Konder, a cabeleireira Simone Santos levou uma pedrada na cabeça. No momento da agressão, ela estava indo à missa, na igreja matriz. Aos prantos, Simone não conseguia conter o nervosismo.

– Não fui no jogo. Não provoquei ninguém. Por que isso aconteceu comigo? É um absurdo – disse.

Com informações da CBN/Diário e do Jornal de Santa Catarina.

 
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